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RÁDIO MIDINET - O som da saudade: janeiro 2024

ÁGUA NA SAÚDE DE IDOSOS

   


Geriatra do Iamspe destaca importância de idoso beber água

Fundamental para o funcionamento de todos os órgãos do corpo, a água é fundamental para o ser humano. Entretanto, com o avançar da idade, a capacidade de sentir sede diminui no centro regulador do cérebro. “Os idosos perdem muito mais água do que os jovens, mas têm dificuldade para perceber a sede”, explica o diretor do serviço de geriatria do Hospital do Servidor Púbico Estadual (HSPE), Mauricio de Miranda Ventura.    


O médico adverte que é importante monitorar a ingestão de líquidos dos idosos, pois a desidratação ocorre de forma mais rápida e acarreta muitos danos à saúde. Essencial, a água fundamental transporta nutrientes às células, auxilia a digestão, previne câimbras, protege o coração, melhora o funcionamento do intestino, aumenta a resistência física, regula a temperatura, lubrifica, acelera as reações químicas e controla a pressão sanguínea.


“As consequências de se beber pouco líquido são boca seca, sonolência, tontura e, em casos mais extremos, confusão mental. O principal sinal do consumo insuficiente de líquidos é a urina mais concentrada e de coloração mais escura”, afirma o médico. 


Segundo o especialista a tontura, por exemplo, acarreta quedas e traumas que afetam a autonomia e independência do idoso. Outros efeitos da falta de água é crescimento de bactérias na bexiga (infecção urinária); constipação intestinal, formação de cálculos renais e, até insuficiência do rim.  


Casos extremos de desidratação provocam sede intensa, ausência de urina, respiração rápida, alteração do nível de consciência, convulsões, pele fria e úmida, e pode ocorrer a morte. 


Para o geriatra do HSPE, a quantidade necessária de água não é exata para todas as pessoas. Em média, recomendam-se dois litros de água por dia, mas tudo depende da atividade física, clima e umidade do ar local. Os idosos são extremamente suscetíveis às mudanças ambientais, como o frio e o calor, e, muitas vezes, têm dificuldade na percepção. 


Na conta geral do volume diário de água, vale consumir sucos naturais de frutas (melão, melancia e laranja), gelatinas e chás sem açúcar. Rodelas de abacaxi, laranja, limão, maça e folhas de hortelã adicionadas à água são uma boa alternativa.  


Refrigerantes e bebidas alcoólicas não são aconselhados. “As bebidas alcoólicas devem ser evitadas, pois colaboram na desidratação, já que leva à eliminação de urina”, aconselha Ventura. Programar alarmes é uma dica para que o idoso não se esqueça de beber água.


 

A volta do lampião de gáz nas ruas de São Paulo

    


Tem coisas antigas com um charme danado, né? E na cidade de São Paulo, então, sempre lembrada pela vanguarda, modernidade e tecnologia, essa notícia vai arrepiar os nostálgicos. A capital paulista vai matar a saudade dos lampiões a gás, lembrados em música pela cantora Inezita Barroso.


É que a partir desta quinta-feira, lampiões a gás, recuperados numa parceria entre a Comgás e a Prefeitura da cidade, voltam a iluminar o centro de São Paulo. A reinauguração vai acontecer durante o evento Lampiões, a Luz da Alma Paulistana.


Uma caminhada aberta ao público com início às 18h30 no pátio do colégio. Marco inaugural da capital paulista. Todo o percurso, claro, iluminado pela luz dos Lampiões a gás.


A história dos Lampiões começou em 1873 quando a São Paulo Gas Company, a atual Comgás, passou a ser responsável pela iluminação da fachada de importantes locais da cidade, como a Catedral da Sé. Naquela época havia cerca de 700 estruturas do tipo pelas ruas. 


O gás era obtido pela queima do carvão. Esses lampiões eram acesos e apagados manualmente por profissionais, menos nas noites de lua cheia, quando não eram acionados para economizar o combustível.


Com o Lampião a gás, a cidade de São Paulo começou a conhecer a vida noturna. As ruas, antes desertas à noite, passaram a ter movimento de pessoas. Gente como boêmios, estudantes, jornalistas, políticos e até famílias que circulavam a pé pelo triângulo histórico, onnde fica o pátio do colégio.


O último Lampião a gás da cidade de São Paulo foi desligado há 87 anos, lá em dezembro de 1936 e, desde então, deixou saudade em algumas pessoas.


Edição: Alessandra Esteves